“TransMissão” estreia 3ª temporada no mês do Orgulho LGBTQIA+ do Canal Brasil
Linn da Quebrada e Jup do Bairro estão de volta ao Canal Brasil com a 3ª temporada do programa “TransMissão“, que estreia na madrugada de segunda (07/06) para terça (08/06), à meia-noite — o primeiro episódio estará disponível para não assinantes Globoplay e Canais Globo por sete dias e serão disponibilizados semanalmente em ambas as plataformas.
Dirigidas por Claudia Priscilla e Kiko Goifman, Linn e Jup, duas plurais artistas transexuais, comandam um talk show irreverente sobre questões de gênero, sexo e raça, além de outros temas do cotidiano. Por conta da pandemia da COVID-19, o programa foi gravado com as apresentadoras em estúdio, com um novo cenário, mas conversando com os entrevistados remotamente. A nova temporada faz parte da programação especial dedicada ao Mês do Orgulho LGBTQIA+ que o Canal Brasil leva ao ar em junho.
Na nova leva de episódios, as apresentadoras entrevistam personalidades como Tiffany, Erika Hilton, Babu Santana, Mc Tha, Jean Wyllys, Teresa Cristina, Hilton Lacerda, Zezé Motta, Rita Von Hunty, Maeve Jinkings, Nanda Costa e Preta Gil. Há ainda dois programas especiais: o primeiro, com uma hora de duração, com a filósofa e escritora Judith Butler; e o último, em que Linn e Jup conduzem uma entrevista entre elas mesmas.
No programa de estreia, a dupla recebe Judith Butler, escritora e filósofa pós-estruturalista. Entre os assuntos tratados no episódio estão a teoria queer — tema em que a pensadora possui relevância internacional — e como ela se adapta à realidade e à linguagem na América Latina e no Brasil, a autonomia dos corpos e as regras de gênero, o poder do mercado sobre os corpos, entre muitos outros.
Em um determinado momento do programa, a entrevistada faz uma pergunta às apresentadoras: “onde o mercado busca regular o gênero de vocês?”. E Linn da Quebrada responde: “É muito curioso porque estamos descobrindo, justamente, este lugar. Este lugar é um espaço de descoberta para nós. Quando foi possível imaginar que duas travestis negras pudessem ocupar um programa de televisão para falar, não só sobre si, mas tudo aquilo que nós gostaríamos de dizer. Eu acredito que uma das perguntas, um desses paradoxos, que paira sobre a minha mente é ‘nem tudo que vende, vem de mim ou vem de nós'”.
A relação de Linn e Jup com os diretores Claudia Priscilla e Kiko Goifman é anterior ao programa. As artistas são personagens do documentário “Bixa Travesty” (2018), coprodução do Canal Brasil dirigida por Claudia e Kiko, em que elas expõem suas rotinas e mostram como suas posturas nos palcos visam desconstruir estereótipos de gênero, raça e classe.